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LOT 926:
[VASCONCELOS (Mário Cesariny de)] A. CORRESPONDÊNCIA DIRIGIDA. PAZ (Octavio). CARTA dactilografada e manuscrita ...
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[VASCONCELOS (Mário Cesariny de)] A. CORRESPONDÊNCIA DIRIGIDA. PAZ (Octavio). CARTA dactilografada e manuscrita, assinada e datada de 21 de Dezembro de 1976. A carta começa por agradecer a Mário Cesariny uma tradução de um poema de Valéry, o qual escreveu a Guillén depois de ler a tradução dizendo “Je m’adore en espagnol”, ao que Octavio Paz remata com “Y yo en portugés...”. Segue agradado pela ideia expressa por Cesariny de fazer uma selecção e tradução de poemas de Octavio Paz - “me conmueves. Ser traducido por tí, un poeta que admiro!”, fazendo em seguida várias sugestões para a publicação dos seus textos. Pergunta “Cómo van las cosas en Portugal?”, provavelmente conhecedor dos acontecimentos políticos recentes, ao que tece o seguinte comentário: “Desde lejos, parece que han mejorado pero no parece claro qué camino puede tomar el país. Esto es, por lo demás, lo que ocurre en todo el mundo. La tragedia de nuestro siglo ha sido el gran fracaso del comunismo. Parecía una puerta y es um hoyo sin fondo: el que cae no vuelve a salir. Todos vivimos en un mundo sin salida. Pero quizá siempre ha sido así. No es la historia lo que importa al final sino las obras y los hombres que, sin huir de ella, de alguna manera la traspasan.” Pede, de seguida, colaboração de Mário Cesariny com textos para a revista “Vuelta”, assim como textos de outros escritores portugueses - “la literatura contemporánea portuguesa es muy poco conocida en América Latina”. Requer também ajuda para escrever “un buen ensayo”, escrito por um português, sobre o que tem ocorrido no país e como a situação afecta a cultura portuguesa, afirmando estar “harto de leer articulos sobre Portugal escritos por extranjeros arrogantes y superficiales”. Remata em nota manuscrita “con un abrazo con dos As: amistad y admiración”. EXTRAORDINÁRIA carta de um dos expoentes máximos da literatura mundial, prémio Nobel em 1990, revelando um forte intercâmbio literário com Mário Cesariny, respeitando o trabalho e solicitando traduções dos grandes nomes do surrealismo internacional..
[VASCONCELOS (Mário Cesariny de)] A
CORRESPONDÊNCIA DIRIGIDA. PAZ (Octavio). CARTA dactilografada e manuscrita, assinada e datada de 21 de Dezembro de 1976. A carta começa por agradecer a Mário Cesariny uma tradução de um poema de Valéry, o qual escreveu a Guillén depois de ler a tradução dizendo “Je m’adore en espagnol”, ao que Octavio Paz remata com “Y yo en portugés...”. Segue agradado pela ideia expressa por Cesariny de fazer uma selecção e tradução de poemas de Octavio Paz - “me conmueves. Ser traducido por tí, un poeta que admiro!”, fazendo em seguida várias sugestões para a publicação dos seus textos. Pergunta “Cómo van las cosas en Portugal?”, provavelmente conhecedor dos acontecimentos políticos recentes, ao que tece o seguinte comentário: “Desde lejos, parece que han mejorado pero no parece claro qué camino puede tomar el país. Esto es, por lo demás, lo que ocurre en todo el mundo. La tragedia de nuestro siglo ha sido el gran fracaso del comunismo. Parecía una puerta y es um hoyo sin fondo: el que cae no vuelve a salir. Todos vivimos en un mundo sin salida. Pero quizá siempre ha sido así. No es la historia lo que importa al final sino las obras y los hombres que, sin huir de ella, de alguna manera la traspasan.”
Pede, de seguida, colaboração de Mário Cesariny com textos para a revista “Vuelta”, assim como textos de outros escritores portugueses - “la literatura contemporánea portuguesa es muy poco conocida en América Latina”. Requer também ajuda para escrever “un buen ensayo”, escrito por um português, sobre o que tem ocorrido no país e como a situação afecta a cultura portuguesa, afirmando estar “harto de leer articulos sobre Portugal escritos por extranjeros arrogantes y superficiales”.
Remata em nota manuscrita “con un abrazo con dos As: amistad y admiración”.
EXTRAORDINÁRIA carta de um dos expoentes máximos da literatura mundial, prémio Nobel em 1990, revelando um forte intercâmbio literário com Mário Cesariny, respeitando o trabalho e solicitando traduções dos grandes nomes do surrealismo internacional.
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